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População global de aves tropicais pode ter reduzido até 38% por conta do calor extremo

2025-08-12 HaiPress

Cientistas não fornecem números para cada espécie,mas citam,por exemplo,estudo que documentou declínio notados em floresta panamenha,como o da população : martim-pescador-verde-ruivo — Foto: Leo Jaime/UFRGS

RESUMO

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GERADO EM: 11/08/2025 - 16:29

Calor Extremo Reduz População de Aves Tropicais em Até 38%

A população de aves tropicais pode ter diminuído até 38% devido ao calor extremo,intensificado pelas mudanças climáticas,segundo um estudo publicado na Nature Ecology & Evolution. As aves agora enfrentam cerca de 30 dias de calor extremo por ano,contra apenas três entre 1940 e 1970. Proteger florestas não basta; é crucial enfrentar as mudanças climáticas para conservar a biodiversidade.

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Preservar as florestas não será suficiente: as populações de aves tropicais diminuíram drasticamente devido ao calor extremo associado às mudanças climáticas,de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Ecology & Evolution. A intensificação do calor extremo "causou uma redução de 25% a 38%" nas populações de aves tropicais entre 1950 e 2020,em comparação com uma situação sem mudanças climáticas,concluíram esses cientistas,baseados na Europa e na Austrália.

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"As conclusões são bastante sérias",disse à AFP o principal autor do estudo,Maximilian Kotz,do Centro Nacional de Supercomputação de Barcelona e do Instituto de Pesquisa Climática de Potsdam (PIK).

Kotz afirma que as aves nos trópicos agora enfrentam uma média de 30 dias de calor extremo por ano,em comparação com apenas três durante o período de 1940 a 1970. A comunidade científica estima que as mudanças climáticas causadas pelo homem estão tornando as ondas de calor mais intensas e prováveis em todo o mundo.

"Isso tem consequências muito importantes para a forma como pensamos a conservação da biodiversidade: proteger habitats intactos é essencial,mas sem abordar as mudanças climáticas,não será suficiente para as aves",enfatiza.

"Perto dos limites"

"Este estudo destaca a complexidade de mitigar as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade",disse Aimee Van Tatenhove,do Laboratório de Ornitologia da Universidade Cornell,nos Estados Unidos,à AFP. Ela não participou do estudo e se disse "surpresa" com os números divulgados.

Sob crítica ameaça de extinção,grupo de andorinhas-de-coleira é encontrado em Minas Gerais

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A andorinha-de-coleira é criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais — Foto: Afonso Santos

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A andorinha-de-coleira é criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais. — Foto: Afonso Santos

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A andorinha-de-coleira é criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais. — Foto: Afonso Santos

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A andorinha-de-coleira é criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais. — Foto: Afonso Santos

Aves foram registradas durante expedição ao longo do rio Paraopeba

Para chegar a essa conclusão,os cientistas analisaram dados observacionais de mais de 3.000 populações de aves em todo o mundo e usaram modelos estatísticos para isolar os efeitos de climas extremos de outros fatores.

Cerca de metade de todas as espécies de aves são encontradas em regiões tropicais ricas em biodiversidade. Esses animais de penas coloridas também fornecem serviços ecossistêmicos essenciais,dispersando sementes de plantas,por exemplo. Mas aqueles que vivem nessas regiões podem já estar "próximos dos limites" de sua tolerância a altas temperaturas,o que pode causar exaustão pelo calor (hipertermia) ou desidratação,enfatizam os autores.

Os cientistas não fornecem números para cada espécie de ave,um estudo anterior que documentou o declínio de algumas delas em uma floresta panamenha: o papa-moscas-real e o papa-moscas-de-crista-vermelha,o martim-pescador-verde-ruivo e o surucuá-amarelo.

Inúmeros fatores

Episódios de calor extremo,cuja frequência vem aumentando,representam a principal ameaça,em vez dos aumentos médios de temperatura ou precipitação,explica o estudo. O declínio das populações de aves em todo o mundo também está ligado a outros fatores já destacados em inúmeros estudos científicos,como espécies invasoras,perda de habitat devido ao desmatamento,uso de pesticidas ou caça.

Flores da Mata Atlântica em risco de extinção

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Flor-da-Imperatriz,único representante vivo de um dos gêneros mais primitivos da família Amayllidaceae — Felipe Tubarão

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Pseudolaelia corcovadensis,Orchidaceae. Orquídea endêmica da Mata Atlântica encontrada em Inselbergs,quase sempre associada a ambientes rochosos — Foto: Felipe Tubarão

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Neoregelia longipedicellata,Bromeliaceae. Talvez o primeiro registro das flores dessa rara bromélia em seu hábitat natural,os Campos de Altitude. Bromélia endêmica do Rio de Janeiro,e classificada como Criticamente em Perigo de extinção. — Foto: Felipe Tubarão

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Neoregelia camorimiana,bromélia endêmica da Mata Atlântica,ocorrendo no município do Rio — Foto: Felipe Tubarão

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Prepusa connata,Gentianaceae. Endêmica do Rio,é categorizada como criticamente em perigo de extinção - Felipe Tubarão

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Cattleya forbesii,família Orchidaceae. Orquídea endêmica da Mata Atlântica - Foto de Felipe Tubarão

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As cores e formas de um dos bambus mais primitivos e raros do Brasil. Glaziophyton mirabile,espécie endêmica e ameaçada de extinção dos Campos de altitude das montanhas do Rio de Janeiro. — Foto: Felipe Tubarão

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Tillandsia reclinata,Bromeliaceae. Bromélia endêmica do Rio de Janeiro com uma das formas mais diferentes,ocorre somente em poucos afloramentos rochosos das montanhas fluminenses. Atualmente está classificada como criticamente ameaçada de extinção. — Foto: Felipe Tubarão

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No entanto,as descobertas do estudo "desafiam a visão de que as pressões humanas diretas têm sido,até agora,o principal fator de impacto nas populações de aves,em vez das mudanças climáticas nas regiões tropicais",insistem os autores.

"O desmatamento tem um impacto óbvio",enquanto "é mais difícil ver os efeitos imediatos das temperaturas extremas",que exigem a análise de conjuntos de dados de longo prazo,observa Aimee Van Tatenhove.

Mas todos esses fenômenos merecem ser compreendidos,enfatiza a pesquisadora: "Por que focar em um único fator quando muitos estão levando espécies à extinção?"

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