Contate-nosSiteMap
Casa Educação infantil Jogos de entretenimento Informação de negócios Transação imobiliária notícias internacionais MAIS

Sabe o que é achachairu? Não comeu nem ouviu falar? Conheça a fruta exótica que o Brasil já exporta

2025-08-12 HaiPress

Sabor. Segundo pesquisador da Embrapa,'não há quem prove e não aprecie' — Foto: Divulgação

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 11/08/2025 - 19:59

Achachairu: Fruta Exótica Boliviana Conquista Mercado Brasileiro

A exótica fruta achachairu,originária da Bolívia e da família do mangostão,está ganhando espaço no mercado brasileiro,embora ainda seja pouco conhecida. Introduzida no Brasil em 2001 por Abel Basílio de Souza Neto,hoje a produção já supera 3 mil árvores. A fruta,que tem um sabor levemente ácido,é majoritariamente exportada para a Europa,Canadá e Ásia,devido à estabilidade de preços no exterior.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

Uma fruta com nome difícil de falar — e pouco conhecida no mercado doméstico — a achachairu,de origem boliviana e da família do mangostão,começa a ganhar espaço no Brasil,com boa parte da produção destinada ao exterior.

Consumo de subsistência: Produtores gaúchos vencem o frio e cultivam café em pleno invernoIn natura: Lichia surpreende com supersafra e desafia logística para chegar fresca na cidade

Foi em 2001 que o produtor Abel Basílio de Souza Neto conheceu a fruta,depois que seu tio trouxe algumas sementes da Bolívia e cultivou um pequeno pomar para consumo da família:

— Ficamos maravilhados com o sabor e resolvemos investir em um pomar comercial — conta.

Em 2007,Souza Neto plantou 600 árvores junto ao café que sua família cultivava em Itarana,região serrana do Espírito Santo. Hoje são mais de 3 mil árvores,que renderam ao produtor 50 toneladas de frutas na última safra.

Jambu vai ‘tremer’ na COP30: evento aumenta demanda da hortaliça amazônica,também usada em bebidas e cosméticos

— Nossa estratégia foi crescer devagar para construirmos uma demanda pela fruta — diz.

Ainda assim,passados quase 20 anos do primeiro cultivo,são poucos os brasileiros que conhecem a achachairu. Segundo Souza Neto,a maior parte das redes de supermercados e atacadistas ainda reluta em apostar em um item pouco conhecido.

A fruta de nome difícil ganha o mercado internacional — Foto: Divulgação

Ele já envia mais de 50% de sua produção para União Europeia,Canadá e parte do Oriente Médio e Ásia. Os preços praticados na exportação,diz,são os mesmos do mercado interno,mas os volumes são maiores:

— O valor pago lá fora é mais estável,não oscila em época de safra,o que torna os embarques interessantes,mesmo com os altos custos logísticos.

Sabe o que é Tupinambu? Conheça o vegetal famoso na Europa que é cultivado no interior de SP

Toque ácido

José Edmar Urano de Carvalho,pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental,diz que “não há quem prove a fruta e não a aprecie.” Seu sabor tem um leve toque ácido.

— Ela pertence à família das Garcinias,cujas espécies mais conhecidas no Brasil são a Garcinia gardneriana,de nome popular bacupari,de ocorrência natural na Amazônia e na Mata Atlântica,e a Garcinia mangostana,ou mangostão,cuja produção no Brasil se concentra em Pará e Bahia — diz o pesquisador.

Renata Fernandes,que que cuida do pomar iniciado por seu pai,Thales Gouveia Fagundes,em Araçatuba (SP),há 13 anos,diz que “as coisas estão melhorando”:

Investimento: Pinhão começa a ganhar mercado internacional

— Desde o ano passado cerca de 70% da minha produção é comercializada para a Oba Hortifruti.

Na fazenda de Renata,a colheita cresce cerca de 20% ao ano,com uma produtividade em torno de 2 mil frutos por árvore. Na última safra,ela deu início às vendas externas:

— Enviei 2 toneladas para a França,e a aceitação foi excelente. Este ano devemos embarcar um volume maior.

A maior produtora mundial de achachairu é a região de Santa Cruz,na Bolívia,com 2 mil hectares e safra anual de cerca de 100 toneladas.

©direito autoral2009-2020Diário do Gerente    Contate-nos SiteMap